sábado, 29 de novembro de 2008

Morte se espalha pelo litoral...

Leonardo Berenger / Folha da Manhã - 29/11/2008

O crime ambiental cometido pela empresa agroquímica Servatis, além de espalhar a morte de diversas espécies de peixes e também mamíferos que fazem parte do ecossistema do Paraíba do Sul, como capivaras e lontras, expande seu assassinato para o Atlântico.
É possível ver pelo litoral do norte-fluminense uma infinidade de peixes mortos, da praia do Sossego, em São Francisco do Itabapoana, até o Chapéu de Sol, em São João da Barra; ou seja, uma extensão de aproximadamente 20km de litoral, onde já foram encontrados uma tartaruga e uma capivara no Sossego, como podemos ver no blog do prof. Roberto Moraes. A edição de hoje da Folha da Manhã mostra um golfinho, encontrado nas areias do Chapéu de Sol. A foto no alto deste post, de Leonardo Berenger, publicada hoje na Folha da Manhã, dispensa comentários.

Contaminação do Paraíba do Sul

De acordo com o jornal O Globo, a empresa responsável pelo vazamento do inseticida que contaminou o rio Paraíba do Sul, à partir de seu afluente, o rio Pirapetinga, foi a agroquímica Servatis, localizada em Resende. No cabeçalho do site da empresa, que pertence à BASF, é possível ler o seguinte: "Contribuimos com o meio ambiente: Reciclamos milhões de litros de solventes, não renováveis, destruindo resíduos gerados pelas produções, conforme padrões internacionais".
Pois bem, algo deu errado, e esse erro trouxe sérios estragos econômicos para os municípios banhados pelo Paraíba, provavelmente para agricultores que talvez consumam os produtos da dita empresa. Mas o pior dano mesmo foi à fauna do rio. De acordo com vídeo elaborado pela equipe do CEFET-Campos, voram encontradas diversas espécies de peixes, inclusive de água salgada, mortos pelo litoral sanjoanense, além de mamíferos como lontras e capivaras.
Acho que deveríamos seguir o exemplo de países menos tolerantes com relação a degradação ambiental, onde as pessoas boicotam produtos de empresas como essas, que agridem o meio ambiente.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ontem faltou água, anteontem faltou luz...

É mesmo uma contradição né? O céu desaba numa chuva sem fim e as torneiras estão secas pela irresponsabilidade de alguém que pode dar descarga com água mineral. Morre peixe, a fauna toda... mais uma porrada no velho Paraíba do Sul. A captação de água ficou suspensa, a distribuição teve rodízio... espero que isso tenha servido de reflexão. Eu mesmo, captei água a chuva em baldes, tomei até banho de chuva, coisa que nunca tinha feito na vida, e me diverti bastante. Vai ser Poliana assim não sei onde!!! O estado de Santa Catarina está se desfazendo em lama... pessoas morrendo, pessoas desabrigadas...
Tem goteira na minha casa, anteontem faltou luz... que inferno! Que fragilidade, que dependência!!! Justamente no momento em que eu estava corrigindo trocentas provas pra fechar o ano letivo!!!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Papa anjo

Você deixaria este sujeito namorar a sua filha?

Marcelo Camelo, jovem senhor de 30 anos (pelo menos é o que indica o registro civil, mas o rapaz bem parece ter uns 60, sobretudo se ouvirmos seu disco solo "Sou", com suas marchinhas pra animar carnaval em Raposo), está namorando o mais bem-sucedido jabá dos últimos tempos, a menina adolescente Mallu Magalhães, sucesso (?) da MTV em São Paulo.

A menina de 16 anos apareceu no início deste ano em inserções na MTV, sendo apresentada como grande fenômeno. É uma cantora folk, uma coisa norte-americana dos anos setenta, paz e amor - Bob Dylan - Joan Baez - Forrest Gump. A mocinha só canta em inglês, com vozinha melosa, canções de sua autoria, acompanhada de um violão folk maior que ela. Além de ser um produto da MTV ela é também um fenômeno do Myspace.

Sua participação no disco do Camelo, na faixa "janta" tem rendido pontinhas em shows pelo Brasil afora, como podemos ver em vários vídeos pelo youtube.

O namoro foi divulgado ontem pela mídia. Parabéns, né?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Nenhuma Semelhança é Mera Coincidência

Estreou ontem a segunda temporada no Teatro de Bolso, da comédia "Nenhuma Semelhança é Mera Coincidência", de Eugênio Soares.
Esperamos a presença de todos.
Àqueles que já assistiram, pedimos que recomendem aos amigos, ajudando em nossa divulgação. As apresentações serão de quinta a domingo, neste e no próximo final de semana, sempre às 21h. Os ingressos custam: R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia.
Clique aqui para ver um trecho do espetáculo:

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Tempo, tempo...

O bebê da capa do disco do Nirvana já tem 17 anos!!! Tô mesmo velho. Eu lembro que, no início dos anos 90, quando saiu o disco "Nevermind" eu já achava o negócio "moderno" demais. Eu já era meio velho aos 13 anos e não sabia. Rsrsrs. O que dizer agora então?


domingo, 9 de novembro de 2008

Vestibular UFRJ

Acabou neste momento a primeira etapa do vestibvular da UFRJ. Em Campos as provas se realizaram no ISEPAM. Maiores informações, aqui.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Verão "temático" no Farol 2009

Segundo o jornal "O Diário" ainda não há nada definido para o verão 2009 no Farol de São Thomé. A equipe de transição ainda discute sobre o assunto. Não há ainda nenhuma informação sobre os shows ou artistas, mas o representante da prefeita eleita Rosângela Matheus, afirmou que a população de Campos terá uma surpresa: “A prefeita quer homenagear uma figura de Campos que é muito querida por todos, todo o projeto será voltado para ela, será uma bela homenagem que vai deixar muita gente contente”, afirmou Marcos Soares.
Quem será essa figura, hein? Diga, povo de Sucupira!

Depois do segundo turno: "Nenhuma semelhança é mera coincidência"


Depois do sucesso da primeira temporada no Teatro de Bolso e da apresentação na mostra "ou tudo trash", do SESC - Campos, chegou a vez de retornarmos com mais dois finais de semana no mesmo Teatro de Bolso Procópio Ferreira, com a peça "Nenhuma Semelhança é Mera Coincidência", de Eugênio Soares. A direção é de Fernando Rossi. No elenco temos Alexandre Ferram, interpretando vários personagens, entre eles a pequena psicopata Sara; Pedrinho Fagundes, no papel da pilantra Genecilda; Fabrício Simões na pele da sofrida Marizé; Lutte Oliveira como a mãe perseguidora, Dona Mimi; e Elias Nascimento, também com vários personagens, com destaque para a Socialite Ester Inês de Oliveira Marconde Ramaná e Filho.
O espetáculo estará em cartaz entre 13 e 23 de novembro, de quinta a domingo, no Teatro de Bolso Procópio Ferreira.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

É ferro na boneca!

Já que pagamos por uma conta tão alta de energia, nada mais justo do que o festival de educação e cultura promovido pela Ampla. Hoje, às 20h, no teatro Trianon, teremos a abertura com o show de Moraes Moreira.
O festival conta ainda com as presenças de Roberto Damatta, na sexta-feira às 19h, mno Palácio da Cultura e, no dia seguinte, mesmo horário, teremos a presença de Ferreira Gullar.
Vale também destacar a exposição de peixes de água doce e a mostra do Animamundi.

Eleitores republicanos superaram seu candidato

Após a coça que levou nas urnas, McCain foi vaiado por seus eleitores ao parabenizar o adversário pela vitória, e teve que pedir calma ("please, please...") para continuar discurso. Nossa! como a entrada de um negro na casa branca incomoda essa gente!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

As Carolinas estão com Obama


No sul dos EUA, onde o racismo à la KKK impera, Obama lidera, sobretudo na Flórida, onde o democrata negro venceu com 55% dos votos, contra 45% do herói do Vietnam.
Na Carolina do Norte, Obama tem vitória apertada: 50% contra 49%, e na Carolina do Sul, vence por 56% contra 44% de McCain.
Porém na Georgia do Ray Charles é possível ver as cruzes em chamas: 70% de McCain contra 29% de Obama.

McCain é Nashville, Obama é Jazz

Não gosto do Arnaldo Jabor, mas confesso que às vezes me surpreendo com ele. Hoje, no Globo, ele publicou um texto bacana sobre o eleitorado estadunidense nessas eleições presidenciais.
Para ele, hoje é um dia histórico, o próximo desde o 11 de setembro. Segundo Jabor, o mundo vai mudar. A ignorância republicana poderá ser substituída pelo triunfo da sabedoria, da ampliação dos direitos civis e do avanço da ciência.

"McCain é prosa e Obama é poesia. Bush foi o macaco na loja de louças do Ocidente. McCain finge ser uma evolução da espécie dos símios, mas é macaco também. E não me venham os fascistinhas chamá-lo de "sensato conservador...

Obama é o novo. Obama é o negro sem rancor, o negro pós-moderno, que passou por Malcolm X, pelo Luther King e que atingiu uma espécie de síntese de virtudes políticas que almejamos: tolerância, a ecologia, a inteligência contra a mentira, é antiguerra, pela superação do bipartidarismo numa busca de "entente cordiale", contra os "lobbies", contra a tirania do petróleo, contra o efeito estufa. E não me venham os fascistinhas chamá-lo de "esquerdinha sem programa...”

Os republicanos, neste momento, representam, sem o menor pudor, o que há de pior na humanidade contemporânea. Seus argumentos contra Obama são baseados em toda sorte de preconceitos. Perguntada sobre sua intenção de voto, uma eleitora republicana declarou: “não podemos votar em Obama porque ele vai distribuir ‘nosso’ dinheiro entre os pobres”; outro disse: “não é o meu caso, mas sei de muitas pessoas que não votarão nele porque é negro”; outro ainda: “Obama é socialista, e isso é um perigo”.

Jabor descreve bem esse espírito republicano:

McCain representa a pior face da América: o mundo psíquico dos republicanos. Já morei no interior da Flórida, nos "gloriosos" anos do racismo, e sei do que falo. O imbecil republicano é diferente dos nossos cretinos fundamentais. Lá, eles têm certezas absolutas [...]. O republicano típico acha que sabe tudo. São filhos de um deus duro e implacável. As caras, as fuças típicas dos republicanos parecem dizer: "Não tenho dúvidas, não quero ouvir, já sei tudo, Deus me disse...!!"

Os eleitores de McCain são paranóicos e precisam de inimigos para viver. [...]. Em geral, dividem-se em reprimidos sexuais ou sadomasoquistas. Eles odeiam a diferença: os negros, os estranhos, os livres. É patético ver o McCain fingindo de republicano light, de democrata sem ginga. Quando ele declarou: "Eu não sou o Bush!" - mentiu. Ele é o Bush sim; eles são produzidos em série no útero puritano da América, forjados na velha religião do século 17, falando nas "forças do mal", que são eles mesmos, sem espelho.

Vejamos agora, quem será o novo presidente deste mundo.

Confira aqui a apuração

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Chega de Palhaçada?


Lembrando do nosso grito: "Fora Mocaiber, fora Garotinho, fora Arnaldo, queremos outro caminho", eu, Mr. M e Eugênio Soares estamos nos sentindo mesmo uns "palhaços".
E você?



Equipe de transição em Campos

De acordo com o Urgente!, após coletiva de imprensa hoje na Casa de Cultura Villa Maria, a prfeita eleita Rosângela Matheus, anunciou a equipe que cuidará de analisar a atual situação da prefeitura de Campos. Os nomes são os seguintes:

Saúde:
Chicão (vice-prefeito eleito); Paulo Hirano (médico); Edson Batista (vereador - PTB); Ivan Machado (médico).

Interlocução com a Câmara:
Edson Batista (vereador - PTB); Nelson Nahim (vereador - PMDB); Kelinho (vereador - PR)

Levantamento da situação jurídica:
Roseli Pessanha (advogada); Álvaro Oliveira (advogado)

Interlocução com o governo:
Roberto Henriques (vice-prefeito)

Levantamento das dívidas com a União:

Geraldo Pudim (deputado federal - PMDB);

Comunicação:

Mauro Silva (jornalista)

Levantamento de dívidas e contratos:
Suledil Bernardino (professor)

Educação:
Maria Auxiliadora Freitas (professora)

Fundecam e Fundecana:
Paulo Sanguedo (professor)

Verão Farol de São Thomé:
Marcos Soares

Esporte:
Magno Prisco (ex-jogador)

Cultura:
Avelino Ferreira (jornalista)

Levantamento das Obras:
Tom Zé

Em alguns setores podemos perceber um número maior de pessoas envolvidas, como foram os casos da saúde, da interlocução com a câmara e do levantamento da situação jurídica da atual administração, o que pode representar a maior preocupação do próximo governo. Espero que as áreas analisadas por apenas uma pessoa não sejam de menor preocupação, sobretudo a questão das obras e da cultura, os maiores alvos da operação "telhado de vidro". Além, é claro, da educação, uma das maiores apreensões em relação ao próximo governo.

Curiosidade desses blogs...

Outro dia, postando um comentário no Urgente!, um dos blogs que mais leio, apareceu a seguinte mensagem:O tema do post era a situação dos contratados da prefeitura e concurso público. Qualquer semelhança é mera coincidência.

sábado, 1 de novembro de 2008

Campos dos Goytacazes

Difícil de escrever, difícil de entender

Quando era adolescente escrevia poesia a torto e a direito. Nos cadernos de escola copiava letras de música, na praia escrevia versos efêmeros, que as ondas levavam, misturando os grãos de areia (talvez ainda estejam por lá). Já marquei troncos de árvores antigas com a ponta do canivete, flechas, corações e seiva. Sêmen suor e sujeira.

Como todo mundo, já escrevi obras primas em guardanapos de bar, com sílabas borradas pelos pingos do copo de cerveja - a última saideira solitária – quando ninguém te abraça, beija ou censura: “Já chega, você bebeu demais!”

Tudo se perdeu por aí... posso até me lembrar de alguns versos, mais ainda dos guardanapos, cadernos, árvores e areia. Mas agora, quando eu mais queria, não escrevo nada.

Há tempos desejo escrever não poemas, mas canções. Até agora nada, nem um “atirei o pau no gato” sequer, e isso me angustia um pouco.

Entre todos os defeitos de que me acusam, confesso um: Sou... chato! É, isso mesmo, chato. Poderia dizer “exigente”, “perfeccionista”, mas não passo mesmo de um sujeito chato. Uma chatice ridícula, que sustenta certa inocência e honestidade caras à sanidade. Outro dia me acusaram de “marxista infantil”, ou algo que o valha. Achei o “infantil” um elogio, posto que o infantil é o puro, ainda não corrompido pelo desespero da maturidade, mas não sei se propriamente o marxismo conduz minhas ações, pois não consigo obrigar os outros a nada. Assim, não vivo o cristianismo institucional nem o marxismo. Por isso seria mais um cristão primitivo ou, no máximo, um admirador de Francisco de Assis.

De qualquer modo, em momentos como este, quando sinto necessidade de escrever algo, esses pensamentos me vêm à cabeça, porém, nem sempre tenho a competência de representá-los de forma literária. Resta-me então, revelá-los de forma direta, sem os pudores intelectuais do marxismo (crime do qual me acusam) e com a inocência infantil de uma honestidade tola do “Fool on the Hill”, daquele que não se importa em “ser o vencedor”.