sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ausência

Estou distante... sem passar por aqui. Estive ocupado trabalhando em um projeto de mestrado, e mais ocupado ainda me recuperando dos golpes que sofri da banca. Desde então não tive tempo de pensar direito em desistir de tudo, em enfrentar tudo, de entender que tudo não passou de um ritual de iniciação e vaidade, e ainda não sei se quero seguir fazendo parte de tudo isso. Mas sigo em frente.
O trabalho que nos consome a cada dia... cada vez mais horas divididas entre o trabalho e o sono. A felicidade de céus azuis e águas cristalinas, novos ares e pessoas, fica cada vez mais distante de nós. O prazer mais imediato é o mais banal: a vontade de almoçar em casa, de brincar com os animais de estimação, cuidar das plantas, dormir em nossa confortável cama... coisas banais mas que adquirem um significado tão importante nestes tempos de aflição.
De qualquer forma, vou ver se consigo passar mais vezes por aqui. Amanhã e depois serão dias de internato na correção de provas... assim que me livrar de tudo isso volto a este blog (se é que ainda há leitores). Boa noite e bom final de semana a todos.

4 comentários:

Auci disse...

Oi, amado!
Volte, sim, pois há leitores. Olha eu aqui(embora, também, um tanto distante e ausente... por motivos diferentes dos seus, mas ausente).

É bacana essa parada pra respirar, reavaliar o que se deseja, o que é importante, de verdade, sem dúvida. Mas, sem se deixar abater por "porradas". Estas estão aí, por todos os lados. O negócio é passar vaselina no corpo e na alma. Não me pergunte como... a gente, quando gosta da vida, instintivamente vai encontrando, cada qual, o seu jeito especial.

E quanto aos "PhDeuses da banca... rá, mande-os às favas! Aliás, ontem estava conversando com um amigo sobre isso.. Que eu achava que não tinha saco pra aturar esses caras que fazem um teatrão (isso pq o papo era sobre escrever monografias para os "incapazes e preguiçosos que nos pagam pra isso - fazer o quê, né?! - pra ir sobrevivendo financeiramente)nesses julgamentos e são capazes de dar loas a trabalhos medíocres - qdo lhes interessam - e incapazes (?!) de perceber quando não são sequer feito pelos mesmos. Ah, quer saber? Me poupem!

Beijinhos...Bom fim de semana.

Ana Paula Motta disse...

Há leitores sim. Esse espaço é muito bom. Quanto às suas angústias, anormal seria se não as tivesse. Que bom que sabe aproveitar as alegrias cotidianas e os céus azuis.
Não se angustie por não conseguir postar sempre. Estou também tentando me livrar dessa obrigatoriedade de postar sempre.

Tamires Nascimento disse...

E os dias são esses, onde o trabalho consome mais do que o corpo é capaz de aguentar, são os dias das crises de estafa, do cansasso que é maior, simplesmente maior, não é um cansasso do dia, da semana, do mês, é um cansasso da vida, e nos percebemos com a delicadeza de um mastodonte e a maturidade de uma criança de segunda série que foi jogada na lata de lixo pelo grandalhão da quarta, e encaramos a vida que construimos até aqui e exclamamos em alto e bom som: QUE MERDA!

Nesses dias as coisas não parecem fazer muito sentido, e da vontade de desistir de tudo, de começar do zero... mas o grande problema e a grande dádiva é que o caminho que trilhamos não foi uma escolha, não foi racional, existe algo muito maior por trás disso tudo, um dom, uma vocação, e mesmo se tivessemos a chance de voltar no tempo, escreveríamos a mesma história que escrevemos até aqui.

Mestre, sempre hão de haver leirores

Bete Soares disse...

Amigo recente, amigo de sempre.
Não fuja do que pode alcançar...
A caminhada é difícil
Os desencontros também,
Mas o céu sempre vai estar ali.
E tudo o mais, uma grande ilusão.
Não tenha medo da sombra
Ela é necessária e pródiga
Pois sem ela não entenderíamos o que representa um arco-íris!
Ouça a canção do coração
E chore se for preciso
Mas nunca desista
Do lado de fora há uma natureza exuberante esperando para ser sentida e amalgamada.
Um grande abraço.