segunda-feira, 16 de junho de 2008

Livraria Noblesse

Acabo de passar na livraria Noblesse, em Campos. Isso mesmo, livraria! É porque ela tem vergonha de ser livraria, então, na fachada, são colocados bichos de pelúcia, faqueiros, instrumentos musicais, objetos de decoração, no interior da loja tem papelaria, material escolar, livros didáticos e aí, após um corredor nos fundos da loja, você pedindo licença pra entrar, tem uma livraria. Trata-se de uma pequena mas boa livraria, com uma excelente estante de história, geografia e também sociologia, muito por conta de uma tradição bacana que é a interlocução dos professores, sobretudo da FAFIC ou de quem passou por lá, com o livreiro "Zé Maria", figura muito interessante.
Não encontrei o livro que estava procurando. Vim pra casa pra comprar pela internet, mas o prazo de entrega era muito longo e o preço do frete muito alto. Desta forma, liguei para o "Zé Maria", encomendei o livro e pronto, dentro de alguns dias é só passar na livraria para buscar.
Salve o Zé Maria e sua livraria escondida, muito melhor que a bienal do livro inteira.
Coisas de Campos.

3 comentários:

Balaio disse...

"Ela tem vergonha de ser livraria" é ótimo. rs!
Eu nem vejo assim; vejo como resistência. Acho que a gente é que acaba contribuindo pra que a cada dia mais ela vá se "encolhendo" em um canto menor.Quantos não preferem encomendar pela net, esperando mais tempo e pagando um frete alto, em vez de ir lá e encomendar ao Zé Maria?
E este, sim, tem razão, merece um "Salve". Figura bacana, que sempre nos atendeu bem, naquela calma que lhe é peculiar. Eu, sempre "agoniada" (pra ser gentil comigo mesma em relação à impaciência) já o perturbei muito na época de faculdade... Dias destes, mesmo, estive lá encomendando um livro para presente e me encontrei com Gileno. Ficamos conversando um pouco... Bom conversar dentro de livraria. Se tivesse grana montava uma com um espaço grande só pra isso: papear.
E isso me lembra o Rangel (Adilson)... Saudades dele. Se ele ainda estivesse por aqui, entre nós, certamente a livraria estaria menos encolhida nos fundos e haveria menos bichos de pelúcia e instrumentos musicais na frente.

Boa semana, querido!
Beijo

Jules Rimet disse...

Falando nisso, hoje vou dar uma passadinha lá pra pegar três "encomendas".
Zé Maria é mesmo um sujeito fora de série. Gosto muito de conversar com ele. Pena que hoje não vai dar para aquele papo rápido, já que ele está de férias.
Valeu, Rodrigo.

Anônimo disse...

Apesar de acanhada,escondida,envergonhada de ser,aquela livraria ainda me deixa mais a vontade do que outras mais "abertas", com cyber café e tudo mais.Acho que esse deixar a vontade é por causa justamente do Zé Maria,sempre pronto a atender as solicitações.É quando mesmo com as dificuldades do espaço físico o humano faz diferença.