O Partido dos Trabalhadores decidiu não lançar candidatura própria e apoiar o candidato do PDT. A partir de então o movimento se enfraqueceu, e a situação foi se complicando cada vez mais. Foi crescendo na cidade uma campanha pelo voto nulo assim também como a campanha da professora Odete, do PCdoB, terceira colocada nas eleições.
Até agora o resultado segue indefinido, embora tudo indique a vitória de Rosinha no primeiro turno.
Se tivéssemos um segundo turno entre Rosinha e Arnaldo, teríamos a seguinte situação: Tanto com um quanto com outro teríamos a mesma situação política, o mesmo conjunto de práticas, embora para muitos insatisfeitos, a corrupção seja mais evidente com a vitória de Arnaldo. Com a vitória de Rosinha, talvez tenhamos aí mais algumas décadas da família Garotinho no poder, que por sua "habilidade política", seria um adversário mais difícil para essa nossa oposição derrotar; também o seu apelo popular fortaleceria ainda mais as raízes das práticas clientelistas e da adoração apaixonada a um líder político, com um forte apelo religioso, inclusive. Por outro lado, a vitória de Arnaldo Vianna, um adversário que poderíamos até enfrentar com mais "facilidade", traz outra dificuldade, que é a de formar uma oposição, já que sua rejeição é bem menor do que a existente à família Garotinho.
Ou seja: um representa uma força difícil de enfrentar, o outro, embora mais fraco, fragmenta mais a oposição. Triste destino o dos campistas. Continuaremos cada vez mais indignados com a pobreza daqueles que seguram placas nas esquinas, espalham santinhos, pisam na lama com seus pés descalços aguardando o pagamento pelo seu "trabalho" nas eleições.
2 comentários:
Bacana, véio. Essa é a nossa realidade. Mas vamo que vamo! Pior do que está é difícil ficar! Abração!
Excelente análise Rodrigo, concordo com sua caracterização do quadro local, só acho que é necessário superar o ultra-pragmatismo do reformismo sem reformas do PT e do PC do B que, em função de suas opções político-estratégicas no plano macro, acabam por sucumbir ao oportunismo no plano micro. É preciso construir uma nova esquerda como tarefa nacional e local. Uma esquerda autêntica capaz de levantar bem alto a bandeira das reivindicações mais progressistas da sociedade. Um abraço e parabéns pelo blog.
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