quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Professores que apóiam Rosinha?

A propaganda eleitoral de hoje trouxe depoimento de professores da Cândido Mendes, do CEFET, e de funcionários com cargos de confiança do governo estadual. Confira post no "Diário de Classe".

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Campanha de turno liberada em Campos

Ouço fogos, buzinaço e os jingles da campanha de Arnaldo Vianna vindos do Centro da cidade e das imediações da Lapa, tradicional palanque da cidade. De fato, haverá segundo turno em Campos, como mostra nota oficial divulgada pelo TSE:

"Direto do plenário: TSE permite que Arnaldo Vianna (PDT-RJ) faça campanha para o segundo turno
09 de outubro de 2008 - 21h04

Ao anular decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) sobre o registro de candidatura de Arnaldo Vianna (PDT-RJ), os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram liberar a realização de segundo turno na cidade Campo dos Goytacazes (RJ). Porém, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) ainda terá que se pronunciar sobre as irregularidades que geraram a perda do registro de candidatura de Vianna.

A decisão poderá ser analisada também pelo TSE, o que pode interferir na realização do segundo turno. Mas, até o julgamento, o candidato poderá fazer a campanha normalmente."

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Mestrado e Doutorado na UENF

O Programa de Pós-graduação em Sociologia Política disponibilizará neste endereço, à partir do dia 10/10/2008, o edital de seleção para o mestrado e o doutorado 2009.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A justiça é cega em São Paulo

Neste exato momento (18h30min) o Kassab está fazendo campanha descaradamente no programa do Datena, ao vivo. O candidato à prefeitura de São Paulo, em plena campanha de segundo turno, está neste momento nos estúdios da Bandeirantes em São Paulo, falando sobre as realizações de seu governo, atacando a gestão anterior, e ainda pediu desculpas: "Desculpe por não estar usando terno, mas é porque não deu tempo de vestí-lo, pois acabo de chegar direto de uma obra".
Onde está a justiça eleitoral de São Paulo?

domingo, 5 de outubro de 2008

Rosinha eleita

Acaba de dar na Bandeirantes: "Clarissa Garotinho é uma das vereadoras mais votadas do Rio de Janeiro, filha de Rosinha Garotinho, prefeita eleita em Campos dos Goytacazes."
A imprensa local fica fazendo rodeios em torno disso, e o eleitor fica refém dessa falta de informação.

Triste destino

Faço parte de uma oposição veio se movimentando, com os mínimos instrumentos ao alcance, sobretudo a internet, desde abril de 2008 com o ato público "Chega de Palhaçada", em função de propor uma alternativa política para Campos dos Goytacazes, município dominado pelo exacerbado clientelismo instalado há vinte anos e que produziu duas figuras carismáticas que partiram para lados opostos à partir de 2000.
Desde então, Campos passa por uma situação complicada e desanimadora. Nosso movimento, que acabou sendo explorado como "A terceira via", chamava a atenção para a necessidade de um novo caminho ente as possibilidades que se apresentavam: Arnaldo Vianna, pelo PDT (candidato do atual governo que é investigado pela polícia federal por denúncias de contratações irregulares, obras superfaturadas, improbidade administrativa, com secretários detidos e respondendo a processo) e a ex-governadora fluminense Rosinha Garotinho, esposa de Anthony Garotinho, que teria inaugurado essas práticas políticas a que me referi no parágrafo anterior, no final dos anos oitenta. Alguns membros do movimento, inclusive eu, manifestavam simpatia pela candidatura do professor Roberto Moraes, pelo PT, assim como outros manifestavam (ou não), interesse em outras candidaturas, desde que fossem idependentes do atual cenário político.
O Partido dos Trabalhadores decidiu não lançar candidatura própria e apoiar o candidato do PDT. A partir de então o movimento se enfraqueceu, e a situação foi se complicando cada vez mais. Foi crescendo na cidade uma campanha pelo voto nulo assim também como a campanha da professora Odete, do PCdoB, terceira colocada nas eleições.
Até agora o resultado segue indefinido, embora tudo indique a vitória de Rosinha no primeiro turno.
Se tivéssemos um segundo turno entre Rosinha e Arnaldo, teríamos a seguinte situação: Tanto com um quanto com outro teríamos a mesma situação política, o mesmo conjunto de práticas, embora para muitos insatisfeitos, a corrupção seja mais evidente com a vitória de Arnaldo. Com a vitória de Rosinha, talvez tenhamos aí mais algumas décadas da família Garotinho no poder, que por sua "habilidade política", seria um adversário mais difícil para essa nossa oposição derrotar; também o seu apelo popular fortaleceria ainda mais as raízes das práticas clientelistas e da adoração apaixonada a um líder político, com um forte apelo religioso, inclusive. Por outro lado, a vitória de Arnaldo Vianna, um adversário que poderíamos até enfrentar com mais "facilidade", traz outra dificuldade, que é a de formar uma oposição, já que sua rejeição é bem menor do que a existente à família Garotinho.
Ou seja: um representa uma força difícil de enfrentar, o outro, embora mais fraco, fragmenta mais a oposição. Triste destino o dos campistas. Continuaremos cada vez mais indignados com a pobreza daqueles que seguram placas nas esquinas, espalham santinhos, pisam na lama com seus pés descalços aguardando o pagamento pelo seu "trabalho" nas eleições.

Duas frentes

Garotinho, em espírito, consegue uma vitória dupla: essa eleição polêmica em Campos, onde, depois de acompanhar a apuração a tarde inteira a situação está bastante indefinida, nas mãos da justiça e com a possibilidade da sua vitória no primeiro turno; e no Rio de Janeiro, a sua filha candidata a câmara carioca é a quinta vereadora mais votada.

CONFUSÃO!

Muito confusa a apuração em Campos. A Rádio Difusora iniciou a apuração urna a urna, aliás, com uma preocupação muito grande em dizer o número da urna, talvez para a conferência dos candidatos, quem sabe. Porém, a partir de um determinado momento, começou a divulgar apenas os resultados mais interessantes para o PMDB, que são os de Ururaí e os de Guarús. No meio disso tudo, chega a informação de que os resultados do candidato Arnaldo Vianna do PDT não estavam sendo divulgados, e que provavelmente estariam entrando no montante de votos nulos. À partir desse momento as coisas começaram a se confundir. A rádio nem sempre divulgava todos os números. Por exemplo, sobre as urnas do Parque Cidade Luz e as de Furnas, foram divulgados apenas os números de Arnaldo e Rosinha, ignorando os da professora Odete que vem em 3º lugar nas apurações, e também dos demais candidatos.
Com aproximadamente 70% dos votos apurados, os votos de Arnaldo poderiam então ser divulgados. A essa altura, a confusão é totao: a Difusora colhe seus dados diretamente do diretório do PMDB, já a TV Litoral, do PDT. Os blogs que estão tentando acompanhar a apuração estão com muitas dificuldades.

Boca de urna

Tive a oportunidade de percorrer três locais de votação: UENF, E. E. Dr. Máximo de Azevedo, na Penha e o CIEP do mesmo bairro. Na UENF o clima era tranquilo. No percurso da minha casa até a Universidade não fui abordado em nenhum momento com santinhos ou nada que o valha. Chegando ao bairro da Penha, a situação era bem diferente. No percurso, da casa de minha mãe até o CIEP, onde voto, fui abordado umas 5 vezes por cabos eleitorais do candidato Marcos Bacellar. Quando respondia sobre o fato de ser crime eleitoral as pessoas respondiam: "Todo mundo faz..."
Chegando ao CIEP, percebi uma movimentação estranha de duas senhoras, que se aproximaram da porta da seção e perguntaram ao mesário, na porta: "Você já tem candidato a vereador?" Não acreditei naquilo! Em seguida, percebi que as senhoras abordavam as pessoas pelos corredores do CIEP. Imediatamente fomos ao PM de plantão (dois apenas), e comunicamos o fato, no que ele adentrou o CIEP e aí não sei o que aconteceu.
Pela primeira vez vi boca de urna dentro do prédio de votação.
Onde geralmente vota a classe média e os "formadores de opinião", a boca de urna foi combatida com eficiência, mas não sei se isso aconteceu da mesma forma nas periferias...
Lamentável!

Gabeira no 2º Turno!!!

Gabeira enfrenta Eduardo Paes na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, de acordo com a Rádio Difusora.
Comentário do Barbosa Lemos: "Cada povo tem o governante que merece".

Suspeitas...

Há suspeitas, pela quantidade de votos nulos divulgados pela Justiça Eleitoral, de que os votos de Arnaldo Vianna estão sendo computados como nulos.

Rosinha Odete Feijo Nulos Branco
38.933 11.358 1.400 41.957 1.767

Fonte: TV Litoral.

São Francisco

Frederico Barbosa Lemos acaba de ligar para o pai na Difusora, dizendo o seguinte: "Meu pai, São Francisco foi libertada!!!"

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"O passado já ficou pra trás" (?)

Assim diz o jingle da candidatura do PMDB à prefeitura de Campos dos Goytacazes. E é também idéia recorrente nos discursos de outras candidaturas no município. Não acredito que seja apenas uma questão semântica, para a rima da campanha... na verdade, essa idéia de descrédito em relação ao passado soa bastante providencial às principais candidaturas.
Ouço muito os jovens reclamarem da frustração de ter que utilizar seu primeiro voto nesse processo eleitoral tão desestimulante. Eles revelam o interesse em votar de verdade, num candidato que os representasse. No entanto, não encontram alternativa.
Essa idéia de que o passado ficou pra trás cria, ao mesmo tempo, uma impressão de que as coisas surgem "do nada", que um candidato é aquele que roubou demais, e o outro também pode roubar, mas roubará menos. Que um construiu isso e o outro aquilo. E assim, a discussão vai rumando para um ponto finito, excluindo qualquer outra possibilidade. Nessa matemática simples, quem nunca exerceu um mandato público, de preferência no executivo, não está "preparado". Talvez em outra ocasião possamos pensar um pouco sobre o significado dessa "preparação".
No entanto, o passado não "ficou" pra trás. Ele "está" lá atrás, e seus reflexos aqui conosco. Ele precisa ser revisitado. Porém, esse exercício é perigoso, pelo menos parece ser a preocupação da maioria dos candidatos. Quem quer deixar o passado pra trás quer tirar a capacidade crítica do cidadão, quer a visão momentânea, instantânea. Temo muito pelos desastres que podem ocorrer em nossa cidade nos próximos anos em relação a educação.
O salário do professor no magistério público estadual é de apenas R$ 540,65 (embora alguns achem que é muito, como já mostrei aqui no blog), enquanto que no Acre, é de R$ 1.498,00, um Estado cujo o PIB em 2005 foi de R$ 44,8 bilhões, contra R$ 246,9 bilhões do Rio de Janeiro (IBGE). Comparando-se o PIB do estado e o salário do professor nesses dois casos, vemos que os investimentos em educação são vergonhosos por aqui.
Já o professor da rede municipal em Campos recebe aproximadamente o dobro, porém, as condições de trabalho são péssimas. São comuns as reclamações sobre falta de recursos nas escolas do município: não há biblioteca, xerox (os professores têm que pagar do próprio bolso as cópias), nem matriz pra mimeógrafo, a condição dos prédios é precária, enquanto na rede estadual, pelo menos as escolas que conheço, possuem bons acervos em suas bibliotecas (tanto para os alunos quanto para os professores), recursos multi-mídia, laboratórios de informática, etc. Será que não daria pra associar as duas coisas? É tenebroso o futuro que vislumbro daqui.


(clique na imagem abaixo para ampliar)